terça-feira, 21 de junho de 2011

Ausência de sentimentos, de fome, de desejos, de dor, de amores, de posses, de pessoas.

Uma vida vazia.

Pode até ser comparada com um buraco negro: está lá, mas ninguém vê, não incorpora nada, apenas suga as coisas presentes ao seu redor.
Um dia, esse buraco negro já foi uma estrela. Será que eu já fui uma em alguma vida passada? Existe vida passada?

Somos orgânicos, uma criação. Um envoltório que tem um prazo de validade. Mas por dentro somos energia pura. E como sabemos, energia não pode ser criada nem destruída: a energia pode apenas transformar-se.
Para onde vai essa energia quando nossa carcaça apodrece? Ela se dissipa e se perde junto com o resto?
Essa energia, por ser nossa, do ser humano, tem algum diferencial? Ou é apenas uma energia comum como a que usamos para ligar um computador?

Nós, humanos, nos achamos tão sábios, cientes de diversos assuntos exteriores, mas o assunto que mais vale a pena ser conhecido, não sabemos. Nós não temos conhecimento do ser humano em si. Somos enchidos de sabedorias superficiais e somos testados todos os dias por isso.

Uma vida recheada de coisas sem sentido, onde nós somos obrigados a obedecer sem questionar.

Somos todos vazios e falsamente preenchidos por ideologias egoístas.

Somos orgânicos e entupidos por venenos maquiados de banquete.

Somos energia e assim todos nós, um dia, nos dissiparemos e iremos participar do mesmo movimento caótico.

-E nós já não participamos?

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