quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aconteceu algo muito estranho agora. 
Eu realmente tive a impressão que eu estava velha, muito velha. Como se eu já tivesse vivido tudo e esse tudo estivesse me desgastado. O mais incrível é que eu estava consciente da minha velhice e cheguei a aceitá-la por alguns instantes. Depois meu eu-velho ficou entrando em conflito com meu eu-agora e fiquei pensando que eu estava muito velha, mas que eu não vivi nada, que ainda tenho muito para experimentar.
Me levantei assustada da cadeira do computador e fui correndo em direção ao banheiro para me olhar no espelho e ter certeza de quem eu sou.
Continuo eu.
Droga.

domingo, 20 de novembro de 2011

Essa vontade maluca de pular no desconhecido, experimentar novos ares, me jogar com força em uma paixão tresloucada, de deixar alguém me conhecer profundamente, mas não ao ponto em que seja onisciente sobre os meus pesares, necessidade de segurar a mão de alguém e passear pela praia com uma garrafa de Vodka na outra mão e totalmente loucas de ácido.
Eu quero mais que uma olhada pelo buraco da fechadura.
Venha e derrube minhas defesas, faça com que eu queira você dentro de mim.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Passeio Cósmico

Eu vou vagando por essa cidadela que Brahma criou, sendo enganada pelos meus sentidos, percebendo apenas o que eu já vi. Não tem nada de novo.
Preciso domar o Touro; meus insaciáveis desejos me distraem; a necessidade deles eu já não sinto, mas eu sinto muito Amor, uma vontade de que tenha alguém caminhando essa mesma trilha que eu, ao meu lado, uma necessidade de que aja sempre uma troca mútua de ideias que nos ajude à ascensão do Espírito.
Estou escalando a eterna Montanha do Conhecimento para, enfim, poder sentar em seu topo e observar os Mundos, sem nenhum julgamento ou preconceito.
Eu tenho necessidade de mais!
A vida pode ser maravilhosa, mas eu tenho que buscar minha Força dentro da minha Alma. Assim, meus olhos captarão a Verdade. Poderei ver o Mundo que Vishnu cuida com tanto zelo.
Mas fazer tudo isso sozinha é triste. Um Ser sozinho não é tão completo como aquele que, mesmo mergulhado na Ignorância, está ao lado do seu Amor.
Nós aprenderemos juntas os Segredos da Vida; estou esperando em cada Reencarnação, talvez já a tenha encontrado em alguma e, de Encarnação a Encarnação, nós damos um passo a mais em direção ao Todo. Imagine as coisas extraordinárias que podemos fazer com nossas Mentes unidas, dançando com Shiva nessa Imensidão Cósmica, bailando pelo éter, visitando novas portas e espiando novas janelas.
O Vasto está aqui esperando por nós, basta termos Percepção.


domingo, 25 de setembro de 2011

Ela era mais uma junkie decaída, perdida em uma metrópole. Viciada em cocaína, maconha, ácido e álcool.
Sua maior diversão era ficar louca de ácido e olhar o mar... "olha! uma sereia!"
Distraindo-se com ilusões para não ter que lidar com o mundo que julgamos ser real.
Sua juventude foi sugada pelo modo de vida sujo que ela leva... "mas porra! isso é divertido pra caralho... olha só o que eu consigo construir com a minha mente!"
Uma Pomba passa pelo Céu, observa a cena e não diz nada.

Ela procura compaixão entre as pernas de garotas desconhecidas, mas acaba se entediando logo.
Amor? Ela não foi feita para o Amor. Se um dia ela encontrasse alguém, seria tão fodida quanto ela, e elas iriam se autodestruir com o passar do Tempo.
Seus melhores relacionamentos são com os Fornecedores.
-Ande! A Pílula vermelha ou a azul?
"Com a escolha certa eu vou sair dessa porra de Matrix"

Essa pobre desgraçada vive em busca da Verdade que ela julga estar encontrando em suas Viagens.

"Caralho, é a Atlantis!"
E lá foi ela em busca da Cidade Perdida.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ausência de sentimentos, de fome, de desejos, de dor, de amores, de posses, de pessoas.

Uma vida vazia.

Pode até ser comparada com um buraco negro: está lá, mas ninguém vê, não incorpora nada, apenas suga as coisas presentes ao seu redor.
Um dia, esse buraco negro já foi uma estrela. Será que eu já fui uma em alguma vida passada? Existe vida passada?

Somos orgânicos, uma criação. Um envoltório que tem um prazo de validade. Mas por dentro somos energia pura. E como sabemos, energia não pode ser criada nem destruída: a energia pode apenas transformar-se.
Para onde vai essa energia quando nossa carcaça apodrece? Ela se dissipa e se perde junto com o resto?
Essa energia, por ser nossa, do ser humano, tem algum diferencial? Ou é apenas uma energia comum como a que usamos para ligar um computador?

Nós, humanos, nos achamos tão sábios, cientes de diversos assuntos exteriores, mas o assunto que mais vale a pena ser conhecido, não sabemos. Nós não temos conhecimento do ser humano em si. Somos enchidos de sabedorias superficiais e somos testados todos os dias por isso.

Uma vida recheada de coisas sem sentido, onde nós somos obrigados a obedecer sem questionar.

Somos todos vazios e falsamente preenchidos por ideologias egoístas.

Somos orgânicos e entupidos por venenos maquiados de banquete.

Somos energia e assim todos nós, um dia, nos dissiparemos e iremos participar do mesmo movimento caótico.

-E nós já não participamos?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E permiti-me descansar em meu caixão, que ainda não está a alguns metros abaixo do concreto, escutando Zeus amaldiçoar essa cidade.
Uma cidade de jovens falsificados. Nada do que você vê neles é verdadeiro, até a porta de entrada de suas almas foi trocada. Você não sabe se está olhando para o pó, ou para a carne. Jovens onde até suas ideologias não podem levar créditos, pois foram copiadas da tevê mais próxima.
Cadê os ideais revolucionários que transformavam a vida de um continente, de uma nação, de uma pessoa? O mais próximo disso que eu vejo hoje em dia é: "Revolucione. Use Garnier."
Cadê o inconformismo, a vontade de defender o que é o melhor para a sociedade? Agora, o que os jovens fazem é sentar em uma cadeira em frente ao computador, empanturrando-se de comida e digitando: "#ForaSarney".
Cadê aquelas bandas de antigamente que gritavam contra o sistema falho? Bandas como essas estão presentes apenas na memória de alguns. Definitivamente, eu não quero ser vista como sendo da geração do "Dako é bom" ou do "Baby, oh".
Vivemos em uma época sedentária (tanto física, como psicologicamente), onde passamos a maior parte do tempo em uma cama comendo e absorvendo o consumismo. Jornal. Propaganda. Compre isso. Você só vai ser feliz se comprar no McDonalds. Você só vai ter amigos se usar as roupas da moda da Renner. Compre de novo. Compre mais! Jornal. Notícia de última hora: Justin Bieber fez um show em Paris e esqueceu a letra da música. Mais propaganda.
O máximo que alguém faz é o escrever o quão indignada está e postar em um blog onde será lido por umas 10 pessoas (olha que estou sendo otimista!).
É claro que há exceções, mas exceções (nesse caso) são uma merda!
Eu quero... ou melhor, eu preciso de jovens pensantes, de (bons) escritores, da política sendo comandada pelo povo, em prol do povo.
Aonde estão esses jovens?

Um salve à quem responder esse meu clamor.