sexta-feira, 24 de setembro de 2010

~Sobre o Vazio

E não havia nada para fazer, ela já tinha sucumbido, ali mesmo no colégio, na frente de todos; por fora, apesar de seu estado ser deplorável, ela ainda estava lá; mas por dentro... estava uma bagunça, não sei como ela conseguiu permanecer de pé durante o resto do dia. Teve um momento que tudo o que ela queria era se jogar no chão e permanecer nessa mesma posição até que ela arranjasse forças (não sei de onde) para levantar-se. E ela não conseguiria sozinha, ela precisava de ajuda, ela sabia que não conseguiria superar mais um dia (quase não conseguiu); então, foi buscar amparo em sua amiga. A garota que estava com suas barreiras desmoronadas desabafou tudo e as lágrimas que caíam de seu rosto era uma parte dela que ia para o chão e lá ficava.
A parte mais difícil foi se recompor para voltar à sala de aula , ela queria ser forte e conseguir isso sem ajuda de ninguém, mas ela não podia! E tudo o que conseguiu dizer, foi: "fica comigo", para sua amiga, ao pé da escada.
Infelizmente, "forças superiores" as impediram disso.  
Durante o resto das aulas, apenas seu corpo estava lá; sua mente estava entrando em colapso e não havia ninguém ao seu lado para estender a mão.
Tudo o que aquela menina debilitada queria fazer... era chorar.

No momento que a garotinha chegou em casa, ela se jogou na cama e permitiu-se morrer ao poucos... 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

~Insônia

Não estou conseguindo dormir... Passou das 3 da madrugada e cá estou eu, escrevendo, e sabendo que preciso acordar às 5 horas para ir ao colégio.
Mas eu não consigo fechar os olhos, algo está me mantendo acordada nessa última semana.
Talvez eu saiba o motivo... não! É óbvio demais para ser isso...

  

~Jogos de azar

Oh! vida, por que tu queres brincar comigo? Que jogo sádico é esse? O qual você me submete incansavelmente e sem, ao menos, ter pedido minha permissão. 
Eu não sei as regras, como jogar, como terminar... eu vou apenas te seguindo, seguindo teu Curso, sem saber aonde vou parar.
É como um jogo de tabuleiros, e eu tenho dúvida de que quem realmente move o pino que me representa sou eu, ou se outra pessoa está controlando.
O que mais me desmotiva é o fato de saber que o jogo está apenas nos seus primórdios; mas, por outro lado, eu me sinto motivada a saber onde isso vai me levar.

Oh! vida, será que um dia poderei ganhar esse jogo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

~Sobre coisas que não deveriam ser ditas

Uma corrente de medo está me prendendo a esse lugar... à essa praia... e a cada dia que passa a maré vai aumentando, uma maré de incertezas, que irá me afogar logo, logo.
E duas únicas coisas estão me mantendo viva, uma delas é alguém que eu nem sei como é, que eu nunca vi. Eu não tenho tantos problemas acontecendo comigo como acontece com ela. Meu único problema é o medo: essa exata corrente que está me deixando morrer; mas se eu me desprender do medo, eu não terei medo do que irá acontecer; meio complexo, não é? Mas é bastante simples: eu estou me tornando uma pessoa fria. Eu não sei o que é isso, eu estou ficando louca com os pensamentos insensíveis que eu tenho constantemente. Será que isso é normal? Não, definitivamente não é. E eu estou com medo de perder o medo que eu sinto.


A minha vida está rodeada de coisas falsa, sorrisos falsos, abraços falsos, amigos falsos, promessas falsas, amores falsos... E eu não ligo para isso!


Eu só consigo sentir afinidade com uma cachorra e uma garota que eu nunca vi. Não sei o motivo disso, eu tentei gostar de outras pessoas, mas eu não consigo!


Eu estou presa em um labirinto; mas esse labirinto é diferente: ele tem duas saídas e ninguém pode me dizer qual direção tomar... estou perdida nessa imensidão gélida e inexplorada que chamam de vida.


Certa vez, alguém disse que eu não tenho coração... eu tenho um! Só que sua única função é fazer fluir meu sangue e me deixar viva... bem, deixar meu corpo vivo, pois eu sinto que minha alma já começou a morrer e não há nada nem ninguém que possa me ajudar.

sábado, 4 de setembro de 2010

~Minnie

Sim, ela é a única detentora do meu verdadeiro amor. Eu nunca tive dúvidas do quão ela é preciosa pra mim, do quão minha vida seria insuportável se ela não estivesse comigo pra ouvir meus desabafos e me amparar. Há dez anos ela é a única que me mantém viva, pois o único sentimento puro e verdadeiro que eu sinto é por ela.
Há dez anos ela é a única que consegue me fazer sorrir nos dias mais obscuros.
Há dez anos ela faz sentir-me bem.
Há dez anos ela continua sendo minha bebê. :3
Há dez anos eu nunca me senti totalmente perdida.
Há dez anos ela me aponta o caminho menos tortuoso para seguir, mesmo não dizendo uma palavra.
Há dez anos ninguém conseguiu ser mais amado que ela.
Há dez anos eu me sinto completa por ter ela.

Eu ainda me lembro do primeiro momento que a vi, era de manhã, eu já estava arrumada para ir ao colégio, quando minha vizinha (que eu considero como uma tia para mim) a trouxe. Ela estava envolta em um pano branco; era quase meio dia, o sol estava raiando mais forte que nunca, não havia nenhuma sombra, naquele momento nada mais era importante, eu sai correndo de tanta felicidade e a abracei por um longo tempo, o tempo parou para nós.
O silêncio foi quebrado pela voz da minha "tia":
"Ela será sua amiga para toda a vida."

Parabéns, Minnie! (01/09/2000)


~Perpetuando no Tempo



"I would rather spend one lifetime with you, than face all the Ages of this world alone." -Arwen

~Para passar o tempo, 2

1. Pegue o livro mais perto de você, abra na página 18 e encontre a 4ª linha: 
Então os gritos e a pancadaria cessaram e tudo o que eu podia ouvir era minha mãe soluçando. Soluçou por um longo tempo.

2. Estique seu braço esquerdo o mais longe que puder, e o que você encontra:
Um CD do Nando Reis.

3. O que foi a última coisa que assistiu na TV?
Furo MTV. 

4. Sem olhar o relógio, que horas você acha que são:
16:00.

5. Agora, olhe no relógio. Que horas são?
17:30

6. Sem contar o barulho do computador, o que mais está ouvindo?
Música, cachorros latindo, pássaros, a máquina da minha mãe, barulho de tesoura cortando algo. 

7. Quando foi a última vez que saiu? Onde foi?
Ontem, colégio. 

8. Antes de começar esse questionário, o que tava vendo?
Lost.

9. O que tá vestindo?
Um short e uma blusa de Portugal.

10. Você sonhou a noite passada?
Sim.

11. Quando foi a última vez que você deu risada?
Hoje de manhã, brincando com minha cachorra.

12. O que tem nas paredes do seu quarto?
Posters.

13. Viu alguma coisa esquisita a pouco tempo?
Não.

14. O que acha desse quiz?
Legal.

15. Qual foi o último filme que você assistiu?
Cabo do Medo.

16. Se você se tornasse milionário da noite pro dia, o que compraria?
Uma mansão, video-games, jogos, widgets, livros.

17. Uma coisa sobre você que ninguém saiba:
Se ninguém sabe, é por algum motivo, não é?

18. Se você pudesse mudar algo no mundo, sem contar política e a paz, o que faria?
Mudaria as pessoas.

19. Gosta de dançar?
Não.

20. George Bush?
Idiota.

21. Imagine que seu primeiro filho seja uma menina, como a chamaria?
Não vou ter filhos.

22. Imagine que seu primeiro filho seja um menino, como o chamaria?
Não vou ter filhos.

23. Você pensa em morar fora?
Sim.

24. O que você mais quer agora?
Dormir.

~Para passar o tempo

COMPLETE

- Eu tenho: Preguiça.
- Eu desejo: Concretizar meus desejos.
- Eu odeio: Pessoas com pensamentos primitivos.
- Eu escuto: Música boa.
- Eu tenho medo de: ...
- Eu não estou: Com vontade de falar.
- Eu estou: Com vontade de assistir filmes o feriado inteiro.
- Eu perco: A noção do tempo.
- Eu preciso: De um video-game, o meu quebrou.
- Me dói: Cair da escada.


SIM OU NÃO?

- Tem um diário? Sim.
- Gosta de cozinhar? Não.
- Gosta de tempestades? Sim, amo.
- Há algum segredo que você não tenha contado à ninguém? Sim, vários.
- Acredita no amor? Sim e não.
- Toma banho todos os dias? Sim, 3 banhos ao dia.
- Quer se casar? Não.
- Quer ter filhos? Não.

QUAL É?

- A palavra que mais usa no msn: Hey.
- Seus cantores(as) favoritos: Brian H. Warner, Hayley Williams
- Seu maior desejo: Viajar pelo mundo.

OUTRAS PERGUNTAS

- Signo: Touro.
- Cor dos olhos: Preto.
- Numero favorito: 8
- Dia favorito: Sei lá.
- Mês favorito: Sei lá.
- Estação do ano favorita: Inverno.
- Café ou chá? Café! *-*

VOCÊ

- Tem problemas de auto estima: Não.
- Abriria mão de ficar com alguém muito gato por respeito ao próximo: Sim.
- Iria a uma micareta: Não!
- Cuidaria de amigos bêbados: Sim.
- Dá toco sem problema nenhum: Sim.

NAS ULTIMAS 24HS, VOCÊ:

- Chorou? Não.
- Ajudou alguém? Não.
- Ficou doente? Não.
- Foi ao cinema? Não, infelizmente.
- Disse “te amo”? Não.
- Escreveu uma carta? Não.
- Falou com alguém? Sim.
- Teve uma conversa séria? Não.
- Perdeu alguém? Não.
- Abraçou alguém? Não.
- Brigou com algum parente? Não.
- Brigou com algum amigo? Não.

ALGUMA VEZ VOCÊ PODERIA:

- Saltar de paraquedas? Sim.
- Cantar em um karaoke? Sim.
- Ser vegetariano? Sim.
- Se embebedar? Sim.
- Roubar uma loja? Não.
- Se maquiar em publico? Sim ._.

~Sobre coisas indecifráveis

Todos que me conhecem dizem que eu não sou capaz de amar alguém, mas eu não concordo com isso, eu amo, mas do meu próprio jeito, não como todos estipulam que o amar deva ser. Eu não dou toda a atenção que ela possa merecer, eu não me importo muito, eu não ligo pra ela só pra escutar sua voz, eu não penso nela todo o tempo. Mas eu a amo! Amo com tudo o que resta em mim para amar; talvez por existir pouca parte em mim que ame (pois, o resto foi sendo destruído pelo tempo), seja o motivo de eu não demonstrar isso (ou sentir da maneira adequada). Eu não preciso da definições de outros, eu tenho meu próprio significado para o amor, meu próprio jeito de senti-lo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

~Isto

ISTO

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


Fernando Pessoa


~Controle

Uma onda de sentimentos vêm percorrendo o que resta do meu ser, que está cansado e desiludido. O pior é que eu não sei o que fazer com eles, é como se eu soubesse que eles estão lá, mas eu não consigo decifrá-los e agir conforme o usual.
Isso vem afetando-me de maneiras insuportáveis e eu preciso de ajuda. É difícil adimitir que temos problemas, mas chegou o ponto em que conviver com eles ficou impossível e assustador. Assustador pois é algo que vem tomando conta de mim sem que eu permita; eu preciso estar no controle de mim mesma!



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

~Wonderwall

Não importava se minhas barreiras estivessem ao chão; não importava a destruição que ela fez dentro dessas barreiras, deixando apenas velhas memórias que, aos poucos, o fogo foi consumindo e tornando-as em pó; não importava se eu não quisesse mais me reerguer e deixava-me levar através do vento; não importava se eu estivesse prestes a desistir; o sol continuou nascendo dia após dia, talvez, à espera de algo que pudesse me reerguer, me manter segura.
Por muitas vezes eu desejei desistir de tudo, entregar as cartas, mas alguma coisa me impedia de fazer isso, que eu encontraria algo que eu pudesse me segurar, alguém que estendesse a mão e me tirasse desse abismo no qual eu estava caindo.
Mas, em um dia nada especial, eu a conheci. Foi como recuperar o fôlego, como se aquela mão estivesse sendo estendida para mim, mesmo ela não sabendo disso.
E ela me ajudou com algo que eu não conseguiria sozinha, ela reconstruiu o que tinha sido devastado.

~Desconhecido

Deparo-me com a imensidão,
Linda e bela imensidão.
Deparo-me com algo que eu nunca tinha visto,
O Desconhecido me espera!

À procura do intangível,
Sê cautelosa
E saia sem marcas.
Sê cautelosa
E perca a chance de conhecer o Paraíso.

À procura do intangível,
Sê corajosa
E saia machucada.
Sê corajosa e desfrute das belezas do Éden.

Agora que eu soube
Da existência de tal magnífico lugar,
Eu quero o Desconhecido,
Eu preciso do Desconhecido.


Eu quero explorar terras
Que nenhum homem
Teve permissão para entrar.
Eu quero experiências
Que me farão sofrer em alegrias.
Eu quero sentimentos,
Por mais supérfluos que sejam.
Eu quero o Desconhecido,
Eu preciso do Desconhecido!

sábado, 31 de julho de 2010

~Carol

Há algum tempo, quando eu tinha 19 anos, existia essa tal garota, chamada Carol; ela não era como uma garota qualquer, ela tinha perdido algo muito importante.
Carol era extremamente inteligente, fazia tudo com uma graça incrível, tinha um tom misterioso, você nunca sabia o que ela estava pensando e, apesar dela não ser alguém que se destaque muito para mim, Carol ganhou minha atenção por causa de sua intrigante história.
Nós mal nos conhecíamos, apenas de vista, ela morava na mesma rua que eu, até que, após um dia árduo de trabalho, eu vou a um bar para beber e a encontro na mesa dos fundos, com um olhar triste e cabisbaixo. Eu peço uma cerveja e me dirijo até ela. Pergunto se posso sentar e ela apenas diz que sim com a cabeça. Quando perguntei o motivo dela estar tão triste, ela relutou um pouco a dizer, mas acabou cedendo.
Essa, meus caros amigos, será a história que contarei-lhes hoje. Desculpe se eu não lembrar as palavras exatas, mas faz muito tempo e eu já não sou tão jovem... sem mais delongas, aqui vai:

"Bom, vou contar-lhe a história desde o começo: eu tinha uma vida sossegada com meu pai e minha mãe, até que um dia, quando eu tinha 6 anos, meu pai se apaixonou por uma mulher mais jovem e fugiu com ela, minha mãe ficou devastada, mas saía de casa, até que umas amigas pediram para ela sair e conhecer um novo rapaz, se divertir.
Foi o que ela fez, após uma noite, quando a festa tinha acabado, um cara havia oferecido uma carona, que ela aceitou.
Após isso, eles mantiveram contato, saíram algumas vezes e quando ele vinha buscar ou deixar mamãe em casa, era sempre gentil comigo. Até que, quando eu completei 7 anos, eles casaram.
Nos primeiros meses era uma maravilha, mas uma certa noite, quando mamãe tinha ido à despedida de solteira de uma de suas amigas, Paulo, meu padastro, começou a me olhar diferente. Eu estava sentada no chão brincando com meu ursinho de pelúcia e vi ele mordendo os lábios com um sorriso estranho. Até que ele se levantou e disse: 'Vem brincar com o papai, vem.'  E eu, inocente,  o segui escada à cima até o quarto. Ele segurou meu braço com força e me atirou em cima da cama, ele estava todo agitado e suando e ficava repetindo todo o tempo: 'Não fale nada, sua vadiazinha.' Eu estava apavorada, me agarrei ao meu ursinho e comecei a chorar baixo enquanto ele se despia. Então, ele começou a cantar e a vir pra cima de mim: 'Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta.' E foi então que eu deixei meu ursinho cair.
Anos se passaram desse jeito, eu queria contar para alguém , mas ele disse que se eu contasse, mataria minha mãe. Então, um dia, quando eu tinha 16 anos, tomei coragem e contei à minha mãe, mas ela não acreditou e disse que eu estava assistindo filmes demais.
Essa foi a gota d'água, eu precisava achar um modo de acabar com esse sofrimento, eu precisava!
Foi aí que uma ideia surgiu: eu iria matá-lo!
Então, em uma manhã ensolarada de junho, minha mãe foi fazer compras e eu estava picotando algumas verduras para o almoço, quando ele chegou por trás de mim e começou a me apalpar e a tirar meu short.
Pronto, aquela era minha chance, segurei a faca com força, me virei e acertei o coração miserável e sem cor dele.
Aquilo me fez sentir tão bem que, ao olhar o corpo sem vida no chão, eu comecei a esfaqueá-lo e a cortá-lo em pedaços.
Mas o sofrimento ainda não tinha acabado, eu precisava dela de volta, eu preciso recuperá-la!"

Então, Carol puxou uma arma de sua bolsa, apontou para sua cabeça, sorriu e... atirou.
Eu entrei em pânico, comecei a gritar por ajuda e quando eu me levantei para ver se, por algum milagre, ela ainda estava viva, eu vejo ela segurando firmemente, com sua outra mão... um ursinho de pelúcia.

Nesse momento, eu soube que ela achou o que tinham tomado dela há tempos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

~Desabafo

Nem consigo acreditar que estou sentindo algo por ela, acredite, isso é novo até para mim.
É tão única a sensação de estar feliz simplesmente porque essa pessoa existe, mesmo que ela não sinta o mesmo por mim, é reconfortante a ideia de poder passar a tarde toda conversando com ela, de olhá-la e admirar seu sorriso (que, mesmo com aparelho, creio ser o sorriso mais lindo do mundo), enfim, só por poder estar ao seu lado isso já basta para mim.
Quando eu a conheci, achei estranho meu coração bater descompassadamente, como se uma onda de adrenalina percorresse pelo meu corpo, minhas mãos e pernas tremendo, como se eu estivesse prestes a cair, mas só sua presença que fazia evitar minha queda; agora nem ligo mais, acho que já me acostumei.
O canto do rouxinol não se compara com sua voz, que soa, para mim, como o canto de anjos, se é que eles existem; o mais fresco e limpo ar que exala das florestas não se compara com sua essência; o prazer de admirar o mais lindo pôr-do-sol não se compara com a sensação que eu tenho ao vê-la.
Chamem-me de louca por dizer isso! Talvez eu seja mesmo, deveria ter nascido em outra época, onde o amor não era tão clichê e subestimado.
Acho que nem as mais belas frases conseguem dizer o quão ela é especial, então, retiro-me com esse singelo desabafo.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

~Felicidade

Como é que eu posso mudar de estado tão rapidamente?
Passei toda a semana triste por causa de uma grande amiga que, por motivos desconhecidos, eu não estou falando e, de repente, por causa de uma coisa que uma garota falou, eu fico totalmente feliz!
Incrível como algo tão simples pode me deixar extremamente feliz, cheguei até a me pegar rindo sozinha no jantar.
A maioria pode pensar que é até besteira, que eu não deveria estar tão feliz como estou.
Eu não conseguiria descrever o que estou sentindo de outra forma. É algo que raramente eu sinto com tão força e fico contente por ainda conseguir sentir-me desse jeito.
Só queria dizer algo: obrigada!

♫ Never knew I could feel like this
Like I have never seen the sky before ♫

 

terça-feira, 13 de julho de 2010

~Amor

O amor é um sentimento tão lindo e poderoso que consegue até atravessar as fronteiras do espaço e do tempo. É o sentimento mais puro que existe, sendo ele amor de um casal apaixonado, de mãe para filho, de uma fão para o seu ídolo; não importa de quem seja ou para quem seja, não importa se é certo ou errado, não importa se alguém diga que é impossível, o importante é que você ame!
Mas daí vem outra pergunta, o que, diabos, é o amor?
Eu gosto de definí-lo como algo tão forte que você sente por alguém (ou algo) que é capaz de fazer de tudo para que a pessoa amada seja feliz, meso que isso signifique abrir mão da sua felicidade. É um sentimento que faz você querer estar para sempre ao lado dela, que, mesmo depois de tanto tempo, faz você perder o ar ao vê-la, que faz de você a pessoa mais feliz do mundo só por ela existir, que te faz escrever poemas e cartas que, talvez, nunca serão lidas, que te faz sentir-se... completa.
Hoje em dia, se você for falar isso para alguém, vão te chamar de louco.
Há várias situações em que o amor pode deparar-se, por exemplo: o amor não correspondido, quando a sua amada não quer ter nada sério contigo e você faz de tudo para que ela possa sentir o mesmo. O amor vencido, quando você ama alguém e, de repente, esse sentimento desaparece e você começa a se perguntar o que fez de errado, mas essa é uma das muitas coisas que não tem explicação, simplesmente acontece. E, o pior e mais cruel de todos, o falso amor, malditas sejam as pessoas que mentem sobre isso, ela diz que te ama, faz você ficar perdidamente apaixonada e, depois, você se dá conta que não é a única que escuta essa mesma porcaria; o que me deixa mais curiosa é por que mentir, por que?
Apesar de todos os "poréns" o amor é algo único e não deveria ser pronunciado em vão.


domingo, 11 de julho de 2010

~Escolhas

Algumas semanas atrás, em uma tarde ensolarada de novembro, olho pela janela e vejo uma velha senhora passar lentamente e observando tudo, ela leva consigo duas bagagens, na maior está escrito "O que eu deveria ter feito" e em uma malar bem menor que a anterior "O que eu fiz". Vejo-a sentar em um banco e ela permanece um bom tempo olhando para as malas com um olhar triste e cabisbaixo. Até que ela resolve abrir a mala maior e perde-se em pensamentos, passei um bom tempo observando-a e imaginando o que ela estaria pensando... E, do nada, ela se levanta e deixa a mala de "O que eu deveria ter feito" para trás.
E foi então, que hoje, ao andar pelas ruas do centro da cidade, avisto-a ao longe e vou correndo em sua direção para perguntar o porquê dela ter deixado a mala e ela me respondeu "Porque eu percebi que existem várias escolhas que eu poderia ter feito, mas as que eu fiz moldaram-me no que eu sou hoje, nem pior, nem melhor, apenas meu eu verdadeiro. Não tente voltar atrás e tentar ser alguém melhor, porque as escolhas que você fez não aconteceram por acaso. O importante é nunca olhar para trás, por mais difícil que esteja. Isso, criança, é o que vale a pena."

~Juventude

Juventude fabricada, moldada pro mãos de terceiros. Juventude fútil, perdem-se em bebidas e drogas. Juventude preguiçosa, se acomodaram tanto nesse mundinho que qualquer esforço é demais. Juventude egoísta, só se preocupam com si próprios. Juventude alheia, não ligam com o que acontece no mundo.

Mas, felizmente, existe outro grupo de jovens.

Juventude inovadora, fazem de tudo para serem independentes do padrão da sociedade. Juventude consciente, definem seus próprios valores. Juventude conquistadora, faz de tudo para que seus esforços gerem benefícios. Juventude solidária, pensam em conjunto. Juventude ecológica, querem transformar o mundo em um lugar melhor para viver.


~Sonhos

Era uma vez uma garotinha cheia de sonhos, ela sempre construía um mundo à parte em sua cabecinha, um mundo sem violência, onde as florestas não eram devastadas compulsivamente, sem problemas ecológicos, sem guerras, sem alguém impondo regras, sem capitalismo, onde todos os animais e pessoas seriam livres, sem pobres nem ricos, um mundo onde ela conseguia ser feliz.
Ela sempre usava vestidos, sejam eles curtos, longos, cheio de babados, simples, com estampas, coloridos. Mas o seu favorito era um branco que sua mãe tinha dado à ela no seu aniversário, branco, a cor da paz, da pureza do espírito, harmonia, a junção de todas as cores do espectro.
Um dia seu irmão lhe disse "Criança, é melhor você começas a viver a realidade e parar com esses sonhos utópicos" ela deu um sorriso e respondeu "Não, por mais utópicos que sejam, são meus sonhos, minha salvação desse mundo doentio e eu sei que lá minha inocência nunca estará perdida."
E foi assim que, em seus sonhos, ela viveu feliz para sempre.


 

terça-feira, 6 de julho de 2010

~Impotência

Ah! por toda minha vida
Me deparei por vários problemas,
As vezes levo dias, semanas
Ou até anos
Para que eu consiga resolvê-los.

Problemas familiares
Eu tenho poucos.
Problemas com amigos
Não tenho,
Pois amigos de verdade não possuo.
Problemas amorosos...
Ah! já nem posso contar nos dedos.

Mas o pior de todos os problemas
São os que não tem nada a ver comigo,
Mas, de uma forma ou de outra,
Eu me acho envolvida
E encontro-me cercada pela impotência.

Impotência de querer resolvê-los,
Mas não poder resolvê-los,
Pois existe forças muito maiores que eu
Que me impedem de concluí-lo.

O que mais me deixa angustiada
É que, até agora,
Eu nunca senti a necessidade
De ajudar os outros
E eu me sinto perdida,
De olhos vendados
Nesse mundo que eu nunca explorei
E eu preciso de alguém
Que aponte a direção correta
Para que eu possa ajudar minha pequena.

Ela aguentou tão bem até agora
Sem minha ajuda,
Mas chegou um momento
Em que eu não conseguia mais ficar parada,
Olhar tudo isso
E fazer absolutamente nada.

E quando eu decidi
Fazer algo, percebi que
Não havia nada que eu podia fazer.

Eu me senti uma inútil
E esse sentimento
Vem devorando cada parte do meu ser.

Foi aí que eu me dei conta
De que ela é a única pessoa
Que eu realmente me importo.

Eu quero construir uma
Fortaleza em volta dela
Para que nenhum mal, nenhuma tristeza
Possa atingí-la.
Quero abraçá-la
Para fazê-la se sentir segura.
Quero ouvir
Todos seus desabafos,
Mesmo os mais bobos.
Quero dizer em seu ouvido
Que eu estou aqui quando ela precisar.

Mas, enquanto eu não posso,
Sinto-me obrigada a
Deixar como está.

domingo, 4 de julho de 2010

~ Ode à Noite

Caminhando através do breu da Noite
A espera de algo...
Não esperando, não... caçando!
Caçando em sentimentos alheios
Os meus próprios sentimentos,

Procuro, caço, procuro, caço
Acho, deleito-me!
Mesmo sendo sentimentos forjados.

Na escuridão eu posso ver
O fingimento de sentimentos
Ah! o fingimento!
Só pode ter sido os deuses
Que inventaram algo tão complexo.

Em mãos certas é algo lindo, poderoso,
Perfeito!
Mas quando é manipulado por mentes fracas
Se torna algo insípido, feio,
Desprezível!

Caminhando através do breu da Noite
Eu treino meus olhos
Para verem o que não pode ser visto,
O que é escondido tão bem
Que você nem desconfia que é só uma mentira.

Uma vez adentrando a escuridão
Você consegue enxergar toda a podridão do mundo
E lutar para que não atinja você.

A claridade é terrível,
Ela nos manipula,
Ela nos cega.
Está tudo à nossa frente,
Mas não conseguimos enxergar o óbvio.

Caminhando através do breu da noite
Eu posso viver!
Sinto-me livre de tudo,
Pois ninguém estará lá para me julgar
Ninguém ira definir pré-conceitos.

Eu estou sozinha,
Na Noite não há ninguém,
É um lugar perfeito
Pois é um mundo que eu mesma criei
Somente para poder viver!

Eu não consigo mais nem existir
Nesse mundo claro e real
Onde as pessoas (sobre)vivem por trás de máscaras,
Tentando parecer alguém melhor,
Alguém criado, insípido, falso!

Abro meus olhos,
Não é mais noite, já é dia
E agora tudo o que eu consigo ver
É o que eles querem que eu veja,
A (in)realidade.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

~This is Only a Game

Quem nunca se perguntou qual o verdadeiro sentido da vida? As coisas são tão sem sentido... Por que vivemos?  Existe mesmo um ser superior? A bíblia está certa?

Desde criança eu penso que nós somos apenas peças de um jogo qualquer, no qual ninguém ganha, o finl é sempre o mesmo... a morte.

Por que existe a física, a matemática, as escolas, o dinheiro? Por que as coisas não são facilitadas para ajudarmos uns aos outros? Todos poderíamos ser ricos, saudáveis e inteligentes, mas, infelizmente, essa não é a realidade, ninguém tem consciência o suficiente para se impor ao sistema que sempre está nos controlando, mesmo contra nossa vontade. Nós crescemos com um único objetivo, obter a plenitude, sendo ela material ou espiritual, mas qual o significado disso, se, eventualmente, iremos morrer?

A religião católica quer que a gente viva para morrer e ter uma vida boa no paraíso, ou uma vida agonizante no inferno, dependendo do caso, se é que isso existe. Então a nossa "vida" é apenas um ritual de passagem para outra "vida"?

As vezes eu queria apressar as coisas para saber o significado desse maldito sistema, mas depois eu vejo que, um dia, todos iremos descobrir, porque nada é para sempre, tudo morre no final.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

~Hearts Collector

Será que tudo isso é verdadeiro? Será que tudo isso é realmente sentido ou você apenas gosta de colecionar corações? De qualquer forma, eu estou apenas jogando com você, nada do que eu digo tem realmente significado, isso é apenas um blefe, apenas um jogo.

Você é meu entertenimento de hoje, todos sabem que eu sou incapaz de te amar, mas você nem sabe disso e é justamente o que torna as coisas mais interessantes. Você também está jogando? Ainda não sei, mas ficaria tão sem graça jogar sozinha.

Você, sempre tão clichê, com frases manjadas retiradas de alguma música do momento. Você, sempre tão sorridente e forte, nenhum problema é tão importante que não possa ser esquecido facilmente. Você, sempre tão meiga, carinhosa e simpática com todos (até demais). Você, sempre um livro aberto, seja ficção ou fatos reais.

Eu, sempre tão insensível, incapaz de dizer frases bonitas para você. Eu, sempre sem me importar com problemas, eles simplesmente não existem, ou apenas são ignorados por serem apenas... problemas. Eu, bastante seletiva e fingindo sorrisos que não existem. Eu, um livro fechado e apenas isso.

Mesmo assim dizemos que nos amamos.

É, talvez esse meu coraçãozinho tosco e de pedra não entre para a sua coleção, não nessa partida.

Você é como um brinquedo, minha bonequinha, está me tirando do tédio agora, mas e quando eu enjoar? Darei para quem der o melhor o melhor valor a você, pois, mesmo sendo inútil para mim no momento, se uma forma ou de outra, você me divertiu quando eu estava desamparada.


Agora eu tenho que te deixar ir, pois meu único e verdadeiro amor voltou e eu quero acabar esse jogo de uma vez  por todas e começar com a vida real.