domingo, 4 de julho de 2010

~ Ode à Noite

Caminhando através do breu da Noite
A espera de algo...
Não esperando, não... caçando!
Caçando em sentimentos alheios
Os meus próprios sentimentos,

Procuro, caço, procuro, caço
Acho, deleito-me!
Mesmo sendo sentimentos forjados.

Na escuridão eu posso ver
O fingimento de sentimentos
Ah! o fingimento!
Só pode ter sido os deuses
Que inventaram algo tão complexo.

Em mãos certas é algo lindo, poderoso,
Perfeito!
Mas quando é manipulado por mentes fracas
Se torna algo insípido, feio,
Desprezível!

Caminhando através do breu da Noite
Eu treino meus olhos
Para verem o que não pode ser visto,
O que é escondido tão bem
Que você nem desconfia que é só uma mentira.

Uma vez adentrando a escuridão
Você consegue enxergar toda a podridão do mundo
E lutar para que não atinja você.

A claridade é terrível,
Ela nos manipula,
Ela nos cega.
Está tudo à nossa frente,
Mas não conseguimos enxergar o óbvio.

Caminhando através do breu da noite
Eu posso viver!
Sinto-me livre de tudo,
Pois ninguém estará lá para me julgar
Ninguém ira definir pré-conceitos.

Eu estou sozinha,
Na Noite não há ninguém,
É um lugar perfeito
Pois é um mundo que eu mesma criei
Somente para poder viver!

Eu não consigo mais nem existir
Nesse mundo claro e real
Onde as pessoas (sobre)vivem por trás de máscaras,
Tentando parecer alguém melhor,
Alguém criado, insípido, falso!

Abro meus olhos,
Não é mais noite, já é dia
E agora tudo o que eu consigo ver
É o que eles querem que eu veja,
A (in)realidade.

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