terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E permiti-me descansar em meu caixão, que ainda não está a alguns metros abaixo do concreto, escutando Zeus amaldiçoar essa cidade.
Uma cidade de jovens falsificados. Nada do que você vê neles é verdadeiro, até a porta de entrada de suas almas foi trocada. Você não sabe se está olhando para o pó, ou para a carne. Jovens onde até suas ideologias não podem levar créditos, pois foram copiadas da tevê mais próxima.
Cadê os ideais revolucionários que transformavam a vida de um continente, de uma nação, de uma pessoa? O mais próximo disso que eu vejo hoje em dia é: "Revolucione. Use Garnier."
Cadê o inconformismo, a vontade de defender o que é o melhor para a sociedade? Agora, o que os jovens fazem é sentar em uma cadeira em frente ao computador, empanturrando-se de comida e digitando: "#ForaSarney".
Cadê aquelas bandas de antigamente que gritavam contra o sistema falho? Bandas como essas estão presentes apenas na memória de alguns. Definitivamente, eu não quero ser vista como sendo da geração do "Dako é bom" ou do "Baby, oh".
Vivemos em uma época sedentária (tanto física, como psicologicamente), onde passamos a maior parte do tempo em uma cama comendo e absorvendo o consumismo. Jornal. Propaganda. Compre isso. Você só vai ser feliz se comprar no McDonalds. Você só vai ter amigos se usar as roupas da moda da Renner. Compre de novo. Compre mais! Jornal. Notícia de última hora: Justin Bieber fez um show em Paris e esqueceu a letra da música. Mais propaganda.
O máximo que alguém faz é o escrever o quão indignada está e postar em um blog onde será lido por umas 10 pessoas (olha que estou sendo otimista!).
É claro que há exceções, mas exceções (nesse caso) são uma merda!
Eu quero... ou melhor, eu preciso de jovens pensantes, de (bons) escritores, da política sendo comandada pelo povo, em prol do povo.
Aonde estão esses jovens?

Um salve à quem responder esse meu clamor.

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